quinta-feira, 29 de maio de 2008

A Educação Ambiental no Brasil

A Educação Ambiental se expandiu no Brasil,nas décadas de 80 e 90, com o avanço da consciência ambiental, e se tornou objeto de um conjunto significativo de políticas públicas e da agenda de movimentos sociais. Além disso, falar em ambiente era pensar em relações ecológicas descoladas da totalidade social, em um assunto técnico voltado para a resolução dos problemas ambientais ou, para os que eram refratários, em algo que impedia o desenvolvimento do país.
Apesar deste cenário, de uma cultura política tecnocrática e das orientações econômicas contrárias a demandas emancipatórias, é preciso explicitar que outros processos simultâneos ocorreram “tensionando” com estas abordagens, favorecendo a construção de uma Educação Ambiental no país complexa e bastante diversificada que permite múltiplas abordagens da questão ambiental e suas causas.
Isso favoreceu a construção de alternativas consistentes em diferentes espaços de atuação (em unidades de conservação, no processo de licenciamento, com movimentos sociais, em escolas, em empresas e junto a órgãos governamentais) e a possibilidade de enfrentamento de qualquer tratamento reducionista do ambiente.
Em função destas características, a Educação Ambiental brasileira incorpora plenamente a discussão da indissociabilidade entre o social e o ecológico, não sendo, portanto, necessária a adoção de outras denominações recentes no cenário internacional (educação para o desenvolvimento sustentável, educação para a sustentabilidade, entre outras) que procuram superar esta lacuna observada em outros países em que esta se definiu com um sentido estritamente ou fundamentalmente biológico.

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